Stent for Life: A value based initiative

Abstract

Stent for Life Initiative (SFL), created in 2008, had as mission to reduce ST-segment elevation myocardial infarction (STEMI) mortality in Europe by increasing the access to primary angioplasty (PPCI). In 2016, this initiative became global and was extended to other regions of the world and was renamed Stent Save a Life. Portugal joined the SFL in 2011 also with the aim of improving performance in PPCI. In order to analyse the course of the SFL in Portugal and whether its results added value, we propose to compare quality indicators over the years of its existence and whether they were affected by the Covid-19 pandemic. We carried out three studies, the first analysed the performance indicators and demonstrated that the population was aware to myocardial infarction signs, evidenced by the increase in calls to 112 and less recurrence to institutions without PPCI. However, patient and system delays have not decreased; in fact, they have even increased, particularly during the pandemic. The second essay focused on the economic impact that SFL had in the first years of evaluation, demonstrating savings mainly due to the decrease in mortality and morbidity which contributed to indirect costs reduction. The third one introduced the concept of organizational dignity assessed by healthcare professionals who positively evaluated the impact of the SFL on it. An organizational dignity scale for health institutions was validated. It was concluded that the SFL is a value-based initiative whose example can be applied to other areas of healthcare.

A Iniciativa Stent for Life (SFL) criada em 2008, teve por missão a redução da mortalidade por enfarte com elevação do segmento ST (STEMI) na Europa através do aumento de realização de angioplastia primária (PPCI). Em 2016 a iniciativa passou a envolver outras regiões do globo e passou a denominar-se Stent Save a Life. Portugal integrou a SFL em 2011 também com o intuito de melhorar a performance em PPCI. De modo a analisar o percurso da SFL em Portugal e se os seus resultados acrescentaram valor, propusemo-nos comparar indicadores de qualidade ao longo dos anos da sua vigência e se foram afetados pela pandemia Covid-19. Realizaram-se três ensaios, o primeiro analisou os indicadores de performance e demostrou que a população ficou mais atenta aos sinais de enfarte evidenciado pelo aumento de chamadas para o 112 e menor recorrência a instituições sem PPCI. No entanto o atraso do doente e do sistema não diminuíram, tendo até aumentado particularmente durante a pandemia. O segundo ensaio centrou-se no impacto económico que o SFL teve nos primeiros anos de avaliação, demonstrando poupança principalmente devido à diminuição da mortalidade e morbilidade contribuíram para a diminuição de custos indiretos. O terceiro veio introduzir o conceito de dignidade organizacional através da forma como os profissionais de saúde avaliaram positivamente o impacto do SFL. Procedeu-se à validação de uma escala de dignidade organizacional para instituições de saúde. Conclui-se que o SFL é uma iniciativa baseada em valor cujo exemplo pode ser aplicado a outras áreas da saúde.