Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10071/28635
Autoria: Marques Alves, P.
Levezinho, C.
Editor: Joana Dias Pereira
Maria Alice Samara
Paula Godinho
Data: 2016
Título próprio: Sindicatos na rede em Portugal: Uma análise da presença na Internet dos sindicatos do setor da saúde
Título e volume do livro: Espaços, redes e sociabilidades Cultura e política no movimento associativo contemporâneo
Paginação: 217 - 236
Referência bibliográfica: Marques Alves, P., & Levezinho, C. (2016). Sindicatos na rede em Portugal: Uma análise da presença na Internet dos sindicatos do setor da saúde. Em J. D. Pereira, M. A. Samara, & P. Godinho (Eds.). Espaços, redes e sociabilidades Cultura e política no movimento associativo contemporâneo (pp.217-236). Instituto de História Contemporânea. http://hdl.handle.net/10071/28635
ISBN: 978-972-96844-7-0
Palavras-chave: Crise do sindicalismo
Internet
Revitalização
Sindicalismo em rede
Resumo: Forma específica de associação constituída na base de uma agregação de interesses e de valores partilhados pelos trabalhadores, que assim ultrapassam a competição entre si, o associativismo sindical está indissoluvelmente ligado à transformação social operada pela “era das revoluções” (Hobsbawn, 1985 [1962]) e integrou o movimento mais geral em prol da liberdade associativa. Esta forma associativa alcançou um poder relevante no pós-IIª Guerra Mundial, o qual está na base da celebração do “compromisso social-democrata” vigente durante o fordismo nos países capitalistas centrais. Este compromisso, por sua vez, permitiu o crescimento do poder sindical nas suas várias dimensões. Mas se os “trinta gloriosos” foram anos de florescimento, com a crise do fordismo e a emergência do regime de acumulação flexível, os alicerces do poder sindical começaram a ser erodidos, com particular ênfase para o recurso crucial que são os efetivos sindicais. A estes fatores externos acabaram por se adicionar outros internos ao movimento. O sindicalismo entra em crise. Tentando ultrapassar estes “tempos difíceis” (Chaison, 1996), os sindicatos têm vindo a desenvolver ações diversificadas. Entre elas contam-se a utilização das tecnologias de informação e comunicação (TIC), em particular, a Internet. Segundo o Ad-Hoc Committee on Labor and the Web (1999) e Pinnock (2005), as organizações sindicais só muito tardiamente reconheceram o potencial destas tecnologias. As vantagens competitivas que oferecem, baseadas na rapidez e na flexibilidade, impeliram-nos a utilizá-las. Alguns estudos nostram que esse investimento tem tido um impacto relevante nas questões organizativas, mas um efeito mais mitigado na eficiência geral das organizações (Fiorito et al., 2002). Por outro lado, se as TIC se encontram amplamente difundidas no mundo sindical, não deixam de se registar diferenças significativas quanto ao modo como são utilizadas e às áreas onde são aplicadas (Fiorito et al., 2000, 2002). Contudo, há autores que vão mais longe, defendendo que estas tecnologias contribuem para uma transformação qualitativa consubstanciada na emergência de novas formas organizativas. Os conceitos de E-union (Darlington, 2000), Cyber Union (Shostak, 2002), Open-source unionism (Freeman e Rogers, 2002) ou Sindicalismo 2.0 (Gutiérrez-Rubi, 2009) são disso exemplos. No fundo, estes autores filiam-se na perspetiva ciber-otimista que defende que os espaços de mediação presentes na Internet criam as condições para um aprofundamento da democracia organizacional e para uma superação da “lei de ferro da oligarquia” (Michels, 2001 [1911]), ao resolverem o problema da apatia e do desinteresse pela participação cívica e política (Cardoso, 2006), ao mesmo tempo que têm um efeito mobilizador, ampliando inclusivamente revoluções (Castells, 2012). Esta comunicação tem como objetivo situar a presença na Internet dos sindicatos portugueses do setor da saúde e compreender se eles estão ou não a retirar todas as potencialidades da Web 2.0 (O’Reilly, 2005) e a construir um sindicalismo em rede que contribua para a sua revitalização. Com este objetivo procedemos à análise da presença na Internet de quinze sindicatos deste setor. A nossa principal conclusão é que estas organizações se encontram muito longe de conseguir alcançar esse desiderato, estando essa presença mais próxima do que Shostak (2002) designa por Cyber Drift.
Arbitragem científica: no
Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:DINÂMIA'CET-CLN - Capítulos de livros nacionais

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