Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10071/280
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dc.contributor.advisorBenavente, Ana-
dc.contributor.authorDores, António Pedro-
dc.date.accessioned2007-03-26T09:57:17Z-
dc.date.available2007-03-26T09:57:17Z-
dc.date.issued1996-
dc.date.submitted06-1995pt-PT
dc.identifier.citationDORES, António Pedro Andrade - O movimento informático nas escolas portuguesas: análise sociológica do caso do projecto Minerva [Em linha]. Lisboa: ISCTE, 1996. Tese de doutoramento. [Consult. Dia Mês Ano] Disponível em www:<http://hdl.handle.net/10071/280>. ISBN 978-989-732-096-5.-
dc.identifier.isbn978-989-732-096-5-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10071/280-
dc.description.abstractProcurar conhecer as consequências sociais da introdução de computadores na sociedade, e em particular nas escolas, não é a melhor orientação para a investigação sociológica sobre as tecnologias de informação e comunicação. Como se procura mostrar na terceira parte do presente trabalho, essa é a pergunta que fazem os que se situam do lado da tecnologia na divisão social do trabalho. Essa é a forma do apelo que nos lançam, aos que estudamos o lado humano e social das realidades, os tecnólogos que se confrontam com o (d)efeito tecnocrático (ver primeiro capítulo da terceira parte). É a maneira que encontraram de nos pedir ajuda, sem baixarem a guarda da sua autoridade exclusiva no campo cognitivo e profissional que delimitam como tecnologia. Do lado de cá do conhecimento devemos reformular o pedido, traduzi-lo em formas discursivas mais adequadas e eficazes. Por exemplo: Que capacidade motivacional potenciou e realizou o trabalho de introdução de computadores nas escolas portuguesas, o projecto Minerva, junto dos professores e alunos? Como contribuiu tal processo para a melhoria do sistema educativo? Pode falar-se em mudança na educação com a introdução de computadores? Estas são perguntas utilizadas por nós, na primeira parte do trabalho, mas recolhidas das preocupações dos professores protagonistas do Minerva. A sociologia, porém, permite que se faça algo mais que isso. Através de uma construção teórica mais elaborada, o movimento informático que apresentamos na segunda parte, podemos contribuir para uma melhor compreensão e explicação de diversos fenómenos, com incidências diversificadas a nível individual, grupal e do todo social, tanto nacional como globalmente, e com consequências organizativas, estratégicas e institucionais. Esse esforço de conceptualização 3 permitiu-nos discutir 1 a correcção das práticas sociais identificadas no quadro do Minerva, em função dos objectivos e dos desejos dos protagonistas. Podémos também denunciar as armadilhas institucionais e ideológicas em que a tecnocracia encurrala os seus seguidores, e a nós todos por tabela. Ao produzirmos um contributo interpretativo sociológico da resposta negativa à pergunta se o Minerva serviu para mudar a escola - que nos apareceu como óbvia durante a investigação -, procurámos mostrar que: • o labor sociológico não é expontâneo, não está já inscrito nas práticas sociais, tecnológicas ou não, na é uma recolha de materiais dispersos, da mesma forma que a inovação tecnológica não existe antes de uma longa cadeia de trabalho nem as máquinas são apenas o amontoado de materiais de que são constituídas; • os resultados sociológicas, tanto a nível da inovação teórica como a nível dos resultados de investigação possíveis de obter através das análises sociais iluminadas pela teoria sociológica utilizada, tal como as máquinas, se forem utilizados, podem gerar benefícios económicos e sociais, caso os seus utilizadores - que raramente são os seus inventores - sejam capazes de explorar, no melhor sentido, as suas potencialidades; • apesar das semelhanças entre os trabalhos sociológico e tecnológico, apontadas nos dois itens anteriores, a sociologia, tradicionalmente e por razões de eficácia, não se faz como a tecnologia. Por isso, para ser possível responder positivamente aos apelos humanizantes dos tecnólogos, para que os cientistas sociais e os práticos ocupantes de lugares na divisão de trabalho encarregues de tratar assuntos sociais - políticos, gestores, por exemplo - lhes desobstruam o caminho, acabem com as resistências à mudança tecnológica, é preciso criar condições de cooperação: respeito mútuo pelo trabalho e pelas 1 Mesmo que de forma incompleta (como chamamos a atenção na comclusão) por falta de análise em muitas das dimensões do problema e, certamente 4 tradições epistemológicas do campo oposto, tecnológico ou social e humano; vontade e esforço de compreender o suficiente sobre o trabalho do campo oposto, de forma a permitir a cooperação intelectual entre uns e outros, em combate comum contra a ignorância, a incultura e o obscurantismo, pela democratização da ciência. Para a concretização deste trabalho várias tarefas preliminares, digamos assim, foram necessárias cumprir. Em resumo seis, de desigual importância relativa: 1. inquérito, realizado em quinze escolas da Grande Lisboa, dirigidos aos alunos e professores entre os 7º e 12º anos inclusive, realizado em duas datas distantes - 1988 e 1992 - com o objectivo de procurar registar as mudanças ocorridas entre essas datas nas escolas consideradas e que pudessem ser atribuídas à introdução de computadores. Este trabalho incluiu análise de dados, nomeadamente com recurso a análise multivariada, concretamente análise factorias de correspondncias; 2. trinta entrevistas de cerca de uma hora com professores responsáveis pela coordenação do Minerva nas escolas em 1992/1993; 3. análise de dados do relatório estatístico COMPED - computadores na educação, publicado pelo GEP/Educação e de co-autoria de José DUARTE e Mário MAIA, 1993; 4. análise de informação estatística oficial, o Inquérito aos Orçamentos Familiares 1989/90, Lisboa, INE e os Indicadores de Conforto 1987 a 1992 do Instituto Nacional de Estatística, sobre a posse de computadores domésticos em Portugal; 5. análise de conteúdo dos relatórios europeus New Information Technology in Education de 1992, Luxemburgo, sob encomenda da Comissão das Comunidades Europeias; 6. participação em reuniões nacionais e internacionais sobre as matérias envolvidas. também, por incapacidade de realizar um modelo analítico capaz de considerar todos os aspectos pertinentes ao mesmo tempo.pt-PT
dc.description.sponsorshipISCTEpt-PT
dc.format.extent2079005 bytes-
dc.format.mimetypeapplication/pdf-
dc.language.isoporpt-PT
dc.rightsopenAccesspt-PT
dc.titleO movimento informático nas escolas portuguesas: análise sociológica do caso do projecto Minervapt-PT
dc.typedoctoralThesis-
dc.identifier.tid101020538-
thesis.degree.nameDoutoramento em Sociologia-
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