O papel das práticas de diversidade etária nas organizações no desempenho individual dos colaboradores: Um modelo de mediação moderada pela autoeficácia e autonomia

Abstract

As organizações, devido às mudanças sociodemográficas, estão sujeitas a alterações constantes, e necessitam de encontrar medidas para fazer face aos novos desafios. Perante o envelhecimento da população ativa, as organizações são constituídas cada vez mais por trabalhadores mais velhos face ao número de trabalhadores mais novos. Existem trabalhadores de diferentes idades a trabalhar lado a lado, o que representa um desafio acrescido às organizações, visto que têm de conseguir gerir pessoas com diferentes idades e com expetativas, objetivos, preferências e competências distintas. Este estudo tem como objetivos perceber qual o papel das práticas de diversidade etária no desempenho individual dos colaboradores e ainda estudar o papel mediador da autoeficácia e o papel moderador da autonomia nesta relação. De forma a dar resposta aos objetivos enumerados, recorreu-se a uma metodologia quantitativa, por meio da administração de um questionário online a 206 participantes. Os resultados obtidos demonstraram existir uma relação significativa entre as práticas de diversidade etária e o desempenho quando mediada pela autoeficácia, sendo que não se verificou o mesmo resultado na relação direta entre as práticas de diversidade etária e o desempenho. A autonomia não moderou a relação entre as práticas de diversidade etária e a autoeficácia, nem o efeito indireto das práticas de diversidade etária no desempenho. Por fim, este estudo fortalece a relevância das práticas de diversidade etária no contexto organizacional, tornando as organizações mais inclusivas, nomeadamente em questões relativas à idade.

Organizations, due to sociodemographic changes, are subject to constant changes and need to find measures to face the new challenges. Faced with the aging of the active population, organizations are increasingly made up of older workers compared to the number of younger workers. There are workers of different ages working side by side, which represents an added challenge to organizations, as they must manage people of different ages and with different expectations, goals, preferences and skills. This study aims to understand the role of age diversity practices in the individual performance of employees and also to study the mediating role of self-efficacy and the moderating role of autonomy. In order to respond to the enumerated objectives, a quantitative methodology was used, through the administration of an online questionnaire to 206 participants. The results showed a significant relationship between age diversity practices and performance when mediated by self-efficacy, but the same result was not found in the direct relationship between age diversity practices and performance. Autonomy did not moderate the relationship between age diversity practices and self-efficacy, nor the indirect effect of age diversity practices on performance. Finally, this study strengthens the relevance of age diversity practices in the organizational context, making organizations more inclusive, particularly in age-related issues.