Políticas públicas de emprego: Análise comparada entre Portugal, Grécia e Itália sobre políticas direcionadas para a formação em contexto de trabalho no combate ao desemprego jovem

Abstract

O desemprego jovem é, em quase todas as sociedades europeias, um problema estrutural que se acentuou com as crises de 2008 e 2011. O paradigma que parece mais comumente aceite afirma que a transição escola-trabalho apresenta resultados mais positivos quando existe uma oferta educativa que esteja intrinsecamente ligada ao mercado de trabalho, tendo a formação em contexto de trabalho um papel altamente relevante no combate ao desemprego jovem. Deste modo, a dissertação procurou as políticas de formação em contexto de trabalho em Portugal, Grécia e Itália, uma vez que apresentam entre si semelhanças ao nível de tipologia económica, no período 2008-2017, como forma de combater o desemprego jovem. A hipótese estudada é a que estes países não aplicaram políticas públicas direcionadas à formação em contexto de trabalho, dado que sofrem de problemas institucionais sérios que dificultam a implementação da mesma, baseando-se no Estado como principal meio de combate ao desemprego jovem. Os resultados obtidos não foram, de facto, completamente esperados. Itália apresentou várias políticas públicas que favoreciam a Formação em Contexto de Trabalho como medida de combate ao desemprego jovem, enquanto Portugal e Grécia optaram pelo caminho expectável.

Youth unemployment is, in almost all European societies, a structural problem that has increased with the crises of 2008 and 2011. The paradigm that seems more commonly accepted states that the school-work transition presents more positive results when there is an educational offer that is intrinsically linked to the labor market, with training in the context of work a highly relevant role in combating youth unemployment. Thus, the dissertation sought training policies in the context of work in Portugal, Greece and Italy, since they present similarities in the level of economic typology, in the period 2008-2017, to combat youth unemployment. The hypothesis studied is that these countries did not apply public policies aimed at training in the context of work, since they suffer from serious institutional problems that hinder its implementation, based on the State as the main means of combating youth unemployment. The results obtained were not, in fact, completely expected. Italy presented several public policies that favored workplace-based training as a measure to combat youth unemployment, while Portugal and Greece opted for the expected path.