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dc.contributor.authorAlmeida, M. A.-
dc.contributor.editorMargarida Seixas-
dc.contributor.editorCristina Rodrigues-
dc.date.accessioned2022-09-15T10:26:23Z-
dc.date.available2022-09-15T10:26:23Z-
dc.date.issued2021-
dc.identifier.citationAlmeida, M. A. (2021). A nova paisagem rural portuguesa e o trabalho na agricultura superintensiva. Em Margarida Seixas, Cristina Rodrigues (Eds.). Da escravidão ao trabalho digno: nos 150 anos da abolição da escravidão em Portugal e nos 100 anos da criação da OIT (pp. 289-302). Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Gabinete de Estratégia e Planeamento. http://hdl.handle.net/10071/26132-
dc.identifier.isbn978-972-704-448-1-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10071/26132-
dc.description.abstractO mundo rural português teve uma evolução dramática desde a década de 1960, quando os jovens abandonaram as suas terras de origem à procura de uma vida melhor no estrangeiro ou nos arredores de Lisboa. Outros também o fizeram em consequência da Guerra Colonial. O despovoamento é agora irreversível em 80% da área do território português, onde vive menos de 20% da população, na sua maioria envelhecida e com enormes carências ao nível dos serviços básicos, desde a saúde, à segurança e às comunicações. Recentemente uma nova tendência invadiu a paisagem: associada ao uso da água de albufeiras construídas ainda no Estado Novo, como o Maranhão, Montargil e Santa Clara, e mais tarde o Alqueva, está a verificar-se a expansão da monocultura superintensiva de frutos vermelhos e olival. Este novo tipo de agricultura repete erros do passado, como as Campanhas do Trigo dos anos 1930, e coloca Portugal ao nível dos países dependentes da exportação de matérias-primas em especial para a China, como o Brasil e o Paraguai. As terras agrícolas estão agora na sua maioria na posse ou sob arrendamento de empresas estrangeiras que abusam dos recursos de água e usam químicos não testados, o que causa erosão genética e o fim da biodiversidade, e perigos ambientais graves, sobretudo em períodos de seca extrema. Além de destruírem o património florestal preexistente, com o arranque não autorizado de azinheiras, sobreiros e oliveiras centenárias. Contudo, mais grave é o facto de estas empresas não trazerem quaisquer benefícios às populações locais, porque não geram empregos permanentes, mas apenas sazonais, com o uso de trabalhadores migrantes, estrangeiros e ilegais, a viverem em condições desumanas, em contentores, e com salários não aceitáveis num país que fez uma revolução e uma reforma agrária para, entre outros motivos, criar direitos iguais para todos os trabalhadores. Baseado em observação direta e testemunhos recolhidos em várias fontes, esta comunicação pretende denunciar situações de trabalho indigno, que não se conjugam com a visão idílica das paisagem rurais, agora adulteradas por estufas e olivais a perder de vista, onde trabalham seres humanos a quem não são concedidas condições de integração na sociedade que se pretendeu construir no regime democrático português.por
dc.language.isopor-
dc.publisherGabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social-
dc.relationinfo:eu-repo/grantAgreement/FCT/6817 - DCRRNI ID/UIDB%2F03126%2F2020/PT-
dc.relation.ispartofDa escravidão ao trabalho digno: nos 150 anos da abolição da escravidão em Portugal e nos 100 anos da criação da OIT-
dc.rightsopenAccess-
dc.subjectDespovoamentopor
dc.subjectImigrantespor
dc.subjectTrabalhopor
dc.subjectPaisagem -- Landscapepor
dc.subjectTerritóriospor
dc.subjectHistóriapor
dc.titleA nova paisagem rural portuguesa e o trabalho na agricultura superintensivapor
dc.typebookPart-
dc.event.locationLisboapor
dc.pagination289 - 302-
dc.peerreviewedyes-
dc.date.updated2022-09-15T11:21:05Z-
dc.description.versioninfo:eu-repo/semantics/acceptedVersion-
dc.subject.fosDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Sociologiapor
dc.subject.fosDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências Políticaspor
dc.subject.fosDomínio/Área Científica::Humanidades::História e Arqueologiapor
iscte.subject.odsReduzir as desigualdadespor
iscte.subject.odsCidades e comunidades sustentáveispor
iscte.subject.odsPaz, justiça e instituições eficazespor
iscte.identifier.cienciahttps://ciencia.iscte-iul.pt/id/ci-pub-82476-
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