Essays on financial cycles and banks' risk

Abstract

This thesis consists of a compilation of three separate and self-contained articles: A. Measuring Financial Cycles: Empirical Evidence for Germany, United Kingdom and United States of America This study contributes to the literature by identifying the most appropriate factor to detect and measure Financial Cycles, similar to Gross Domestic Product (GDP) for Business Cycles. Four financial variables were included in the study: Credit, House Prices, Share Prices and Interest Rates. The filter used to estimate and extract the cycles from the original time series was the Christiano and Fitzgerald (2003)'s one. Then, three methods, namely the Concordance Index, the Granger Causality Test and the AUROC Test, were used to identify which of the four variables is the most accurate proxy to measure and estimate financial cycles. In all of them, the results pointed to the same variable: Share Prices. A comparison between Share Prices and GDP shows a higher capacity of the financial variable to predict financial and economic crises, which justifies the recent increasing interest of macroprudential policymakers on Financial Cycles. Our conclusions are robust to different time periods and alternative filtering procedures. B. Banking regulation and banks' risk-taking behavior: The role of political institutions This paper examines whether the influence of banking regulation on banks' risk is channeled through the quality of political institutions, using panel data from a sample of 535 banks from OECD countries, for the 2004 - 2016 period. As banking regulatory factors, we consider activity restrictions, capital stringency and supervisory power. We find that the overall effect of banking regulation on banks' risk is conditional on the quality of political institutions. Activity restrictions and capital stringency have a statistically significant positive effect on banks' risk and this effect is mitigated by better political institutions. On the contrary, stringent supervisory power tends to reduce banks' risk and better political institutions reinforce this effect. The results are robust across different measures of political institutions, banks' risk and estimation methods. C. Banking regulation and banks' risk-taking behavior: The role of investors’ protection This paper examines whether the influence of banking regulation on banks' risk is channeled through the level of investors' protection, using panel data from a sample of 535 banks from OECD countries, for the 2004 - 2016 period. As banking regulatory factors, we consider activity restrictions, capital stringency and supervisory power. We find that the overall effect of banking regulation on banks' risk is conditional on the level of investors' protection, with investor protection playing the role of reinforcing each of these individual effects. Investor protection reinforces the positive effect of activity restrictions and capital stringency on banks' risk and reinforces the negative effect of supervisory power on this risk. These results are robust to a different estimation method and a different proxy for banks' risk. Additional robustness tests reveal that some of the banking regulation effects are contingent on banks' size and the systemic banking crisis period.

Esta tese consiste na compilação de três artigos distintos: A. Medir ciclos financeiros: evidência empírica para a Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos da América Este estudo contribui para a literatura ao identificar a medida mais apropriada para detetar e medir Ciclos Financeiros, à semelhança do Produto Interno Bruto (PIB) para os Ciclos Económicos. Quatro variáveis financeiras são incluídas no estudo: Crédito, Preço das Casas, Preço das Ações e Taxas de Juro. O filtro usado para estimar e extrair os ciclos das suas séries temporais originais foi o do Christiano e Fitzgerald (2003). De seguida, três métodos, nomeadamente o Concordance Index, o Granger Causality Test e o AUROC Test, foram usados para identificar qual das quatro variáveis é a proxy mais precisa e adequada para medir e estimar ciclos financeiros. Em todos os métodos, os resultados apontam para a mesma variável: Preço das Ações. Uma análise comparativa entre o Preço das Ações e o PIB mostra uma capacidade superior da variável financeira para prever crises financeiras e económicas, o que justifica o crescente interesse nos ciclos financeiros por parte dos supervisores e decisores macro-prudenciais. Estas conclusões são robustas para diferentes períodos temporais e processos de filtragem alternativos. B. Regulação bancária e o comportamento de tomada de risco dos bancos: o papel das instituições políticas Este artigo investiga se a influência da regulação bancária no risco dos bancos é canalizada através da qualidade das instituições políticas num determinado país, usando dados de painel de 535 bancos de países da OCDE, para o período 2004-2016. Como fatores de regulação bancária consideramos as restrições à atividade, as exigências de capital e o poder de supervisão. Concluímos que o efeito global da regulação bancária no risco dos bancos é condicionado pela qualidade das instituições políticas. Por um lado, restrições à atividade e exigências de capital têm um efeito positivo e estatisticamente significativo no risco dos bancos, sendo este efeito mitigado por melhores instituições políticas. Por outro lado, um maior nível de poder de supervisão tende a reduzir o risco dos bancos, sendo este efeito intensificado na presença de melhores instituições políticas. Os resultados são robustos a diferentes métodos de estimação e diferentes proxies para o risco dos bancos e para a qualidade das instituições políticas. C. Regulação bancária e o comportamento de tomada de risco dos bancos: o papel da proteção dos investidores Este artigo investiga se a influência da regulação bancária no risco dos bancos é canaliada através do nível de proteção dos investidores num determinado país, usando dados de painel de 535 bancos de países da OCDE, para o período 2004-2016. Como fatores de regulação bancária consideramos as restrições à atividade, as exigências de capital e o poder de supervisão. Concluímos que o efeito global da regulação bancária no risco dos bancos é condicionado pelo nível de proteção dos investidores, designadamente verificamos que um maior nível de proteção dos investidores intensifica o efeito individual de cada fator de regulação bancária no risco dos bancos. O nível de proteção dos investidores intensifica o efeito positivo das restrições à atividade e das exigências de capital e o efeito negativo do poder de supervisão no risco dos bancos. Estes resultados são robustos a um método alternativo de estimação e para uma proxy alternativa do risco dos bancos. Outros testes de robustez revelam que alguns efeitos da regulação bancária variam conforme a dimensão dos bancos e a existência ou inexistência de um período de crise sistémica bancária.