Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10071/21540
Autoria: Silva, Douglas Santos da
Orientação: Raposo, Paulo
Data: 21-Dez-2020
Título próprio: Sob o véu de Floripes, sobre o tecido social: a construção do self através do ritual de iniciação
Referência bibliográfica: SILVA, Douglas Santos da - Sob o véu de Floripes, sobre o tecido social: a construção do self através do ritual de iniciação [Em linha]. Lisboa: Iscte, 2020. Dissertação de mestrado. [Consult. Dia Mês Ano] Disponível em www:<http://hdl.handle.net/10071/21540>.
Palavras-chave: Performance
Ritual
Self
Representação
Masculinidade
Representation
Masculinity
Resumo: Esta dissertação é fruto de um trabalho etnográfico sobre o Auto da Floripes, teatro popular e "ex-libris" da cultura do Alto Minho, o qual narra a batalha entre turcos e cristãos. A performance popular acontece anualmente a 5 de agosto, e integra o conjunto de atrações da festividade devotada à Nossa Senhora das Neves. Com este trabalho, pretendo revisitar o terreno no qual Paulo Raposo, meu orientador, trabalhou na sua tese de doutoramento (1998), e fazer o percurso traçado para a performance sob viés ritualístico, onde proponho analisar a performance e suas implicações para a sociedade minhota. O conflito religioso entre cristãos e turcos, o reconhecimento que diferencia o nós e os "outros", parece trespassar a quarta parede do palco onde a performance acontece e interage com as sociabilidades dos integrantes das três freguesias que confluem no do Lugar das Neves. Questões de territorialidade, identidades e comportamentos sociais, ou moral religiosa, podem ser entendidas como vias de reciprocidade entre arte e vida. E nesse compasso, demarcado para que não fuja do que foi ensaiado, é onde se revela um possível ritual de iniciação para jovens homens, o que ajudaria na construção do "self" do neófito ao mesmo tempo que lhe ensina o "ethos" do que é pertencer ao Lugar das Neves. A construção imagética de quem é o "outro" interpela as vivências até mesmo dos quem somos nós.
This dissertation is the outcome of an ethnographic work on the "Auto da Floripes", a popular theatre and a cultural ex-libris from "Alto Minho" which is a narrative about a battle between Moors and Christians. The popular performance takes place every year on 5th August and it is part of the festivities devoted to "Nossa Senhora das Neves" (Our Lady of Snow). With this research, I intend to revisit the place where Paulo Raposo, my supervisor, carried out fieldwork for his PhD thesis (1998), and thus follow the performance as a ritual, analysing it and evaluating its the implications for the local society. The religious conflict between Christians and Moors, the acknowledgement of what differentiates us and the "others", seem to permeate the fourth wall of the stage, where the performance takes place and interacts with the social skils of the participants coming from the three corners of the "Lugar das Neves". Questions about the territory, identities and social behaviour, or religious morals, can be understood as a mutual interaction between arts and life, which impact on each other. In this clearly marked beat, in order for the participants not to stray away from the rehearsed performance, we observe a ritual of initiation of the young men that support them to build their self, and imparts the ethos of belonging to "Lugar das Neves". The construction of the image of who is this "other" questions life experiences and, ultimately, who we really are.
Designação do grau: Mestrado em Antropologia
Arbitragem científica: yes
Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:T&D-DM - Dissertações de mestrado

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