Gender-based violence and psychological abuse: Exploring the risk factors with survivors of domestic violence in Albania

Abstract

Gender-based violence is a global phenomenon, and this study explored the lived experiences of women in physically abusive relationships and the risk factors associated with gender-based violence. Semi-structured interviews were conducted with 24 participants in Albania. Thematic analysis was used to analyse the data and six themes were generated, namely Experience of violence, Impact of Violence, Individual factors contributing to violence, Role of children in violence, Role of the institution in violence and Social and cultural factors contributing to violence. The results showed that psychological abuse was more common and frequent than physical abuse, and there were various risk factors associated with violence such as alcohol abuse, social norms, traditional gender roles and patriarchy. It was also found that there was a generational difference in social norms of violence against women. Some beliefs differed in younger and older participants where older women were more inclined to justify violence by men. The findings also highlighted most women lived in fear and had a feeling of helplessness while they were experiencing abuse; however, with the support and assistance from organisations, they found their voice and a sense of empowerment. Furthermore, children played an important role while experiencing violence. The findings highlighted the need for intervention in the societal level to change attitudes towards gender-based violence and the need for more organisations with trained professionals to work and support abused women to come out of the abusive relationship.

A violência de género é um fenómeno global, e este estudo explorou as experiências vividas pelas mulheres em relacionamentos fisicamente abusivos e os fatores de risco associados à violência de género. Entrevistas semiestruturadas foram realizadas com 24 participantes da Albânia. Utilizou-se análise temática para analisar as transcrições e surgiram seis temas: a experiência da violência, o impacto da violência, fatores individuais que contribuem para a violência, o papel das crianças na violência, o papel das instituições na violência, e os fatores sociais e culturais que contribuem para a violência. Os resultados mostraram que o abuso psicológico foi o mais comum e mais frequente que o abuso físico. Vários fatores de risco foram associados à violência, como o abuso de álcool, as normas sociais, os papéis tradicionais de género e o patriarcado. Também foi verificada uma diferença geracional nas normas sociais de violência contra as mulheres. Algumas crenças diferiram entre as participantes mais jovens e mais velhas, com as mulheres mais velhas a apresentar mais justificações para a violência dos homens. Os resultados também destacaram que a maioria das mulheres vivia com medo e tinha um sentimento de desamparo durante as experiências de violência; no entanto, com o apoio e assistência das organizações, reportaram encontrar a sua voz e um sentido de empoderamento. Além disso, as crianças tiveram um papel importante. Destacaram-se, assim, a necessidade de intervenção no nível social para mudar atitudes em relação à violência baseada no género e a necessidade de mais organizações com profissionais treinados/as para trabalhar e apoiar mulheres vítimas de abuso para apoiar na saída desse relacionamento abusivo.