Do Brazilian immigrant caregivers’ acculturation preferences predict the quality of their relationship with child primary health care professionals?

Abstract

Several studies on immigrants’ health-related vulnerabilities have been focused on various determinants of their access to health care services. However, little is known about acculturation processes as determinants of immigrants’ health-related behaviors, including their attitudes towards Child Primary Care (CPC) after they enter health services. Therefore, this study aimed to test two conceptual models, hypothesizing: (1) the predictive role of Brazilian immigrant caregivers’ meta-perceptions about Portuguese acculturation preferences on their satisfaction with health-care professionals via trust in physicians and (2) the moderating effect of immigrants’ own acculturation preferences on such relationships. The data used for this study was part of a bigger database collected in a previous study and included 123 Brazilian immigrant caregivers of children aged between 2- and 6-years old. The database included participants’ answers on measures assessing immigrants’: 1) own and perceived acculturation preferences (Acculturation Measure); 2) satisfaction with CPC care (EUROPEP) and trust in physician (Trust in Physician Scale); 3) demographic information. Immigrants’ meta-perceptions about Portuguese acculturation preferences towards contact predicted their satisfaction with care via trust in physician, whereas no results were found for the culture maintenance dimension. Moderated mediation analyses showed a borderline direct effect of meta-perceptions about Portuguese acculturation preferences towards contact on satisfaction with nursing care but only among immigrants with high levels of own preferences towards contact with the host culture. These results provide innovative theoretical and empirical contributions to the fields of acculturation processes and primary health care and may contribute to the development of intercultural competency among health professionals.

Estudos anteriores centraram-se nos determinantes de acesso dos imigrantes aos serviços de saúde. Mas pouco se sabe sobre o processo de aculturação como um fator determinante para os comportamentos de saúde dos imigrantes, incluindo sobre a influência que tem nas suas atitudes relativamente aos serviços de Vigilância de Saúde Infantil (VSI). Assim, este estudo pretende testar dois modelos concetuais, hipótese: 1) o papel preditor das metaperceções de imigrantes brasileiros acerca das preferências de aculturação portuguesas na satisfação com os profissionais de saúde, mediado pela confiança nesses profissionais; 2) o efeito moderador das preferências de aculturação dos próprios imigrantes nessa relação de mediação. Os dados utilizados pertencem a uma base de dados de um projeto mais amplo, que incluiu 123 cuidadores imigrantes brasileiros. O protocolo utilizado avaliou os imigrantes: preferências de aculturação próprias e percebidas; a satisfação com os serviços de VSI e a confiança nos médicos; informação demográfica. As meta-perceções sobre as preferências de aculturação portuguesas em relação ao contacto com os imigrantes predizem a satisfação destes últimos com os serviços de saúde, por meio da confiança nos médicos. As análises de mediação moderada mostraram ainda um efeito borderline das meta-perceções sobre as preferências de aculturação de contato na satisfação com os cuidados de enfermagem, entre os imigrantes com elevada preferência por contacto com a cultura de acolhimento. Estes resultados providenciam contribuições inovadoras a nível teórico e empírico para na área dos processos de aculturação, no âmbito dos cuidados de saúde primários, e nas competências interculturais dos profissionais de saúde.