O bem-estar subjetivo no contexto da atividade empreendedora na fase de startup: alguns antecedentes e aspetos contextuais

Abstract

Nesta investigação pretendeu-se aprofundar o estudo dos fatores que podem influenciar o bem-estar subjetivo dos empreendedores. Mais precisamente, analisar a relação existente entre o significado do trabalho e o (des)equilíbrio trabalho-extratrabalho com o bem-estar subjetivo dos empreendedores; perceber se a perceção do stress medeia a relação entre a mindfulness e o bem-estar subjetivo dos empreendedores e por fim perceber se a experiência na atividade empreendedora tem algum efeito sobre a perceção do stress no bem-estar subjetivo. Os dados foram recolhidos em 94 startups diferentes e a amostra contou com 182 participantes, sendo que 59.3% eram do sexo masculino, e a moda de idades era de 23 anos. Os resultados mostram que existe uma associação entre as variáveis em estudo. Quanto maior o significado do trabalho, maior o bem-estar subjetivo do empreendedor. Quanto maior o (des)equilíbrio trabalho-extratrabalho, menor será o bem-estar do indivíduo. Concluiu-se também que a perceção do stress medeia a relação entre a mindfulness e o bem-estar subjetivo do empreendedor, e por fim que a experiência na atividade empreendedora modera a mediação anteriormente descrita. Este estudo contribuiu para o aprofundamento do conhecimento sobre alguns fatores que podem influenciar o bem-estar subjetivo dos empreendedores em fase de startup; o mesmo poderá servir de base a novas investigações, uma vez que foram corroboradas todas as hipóteses propostas.

In this research we intended to deepen the study of the factors that can influence the subjective well-being of entrepreneurs. More precisely, to analyse the relationship between the meaningful work and the work-life imbalance with the subjective well-being of the entrepreneurs; to understand if the perception of stress mediates the relation between mindfulness and the subjective well-being of the entrepreneurs; and finally, to realize if the experience in the entrepreneurial activity has any effect on the perception of stress in the subjective well-being. The data were collected in 94 different startups and the sample had 182 participants, of which 59.3% were male, and the age mode was 23 years old. The results show that there is an association between the variables under study. The greater the meaning of work, the greater the subjective well-being of the entrepreneur. The greater the work-life imbalance, the less the individual's well-being. It was also concluded that the perception of stress mediates the relationship between mindfulness and the well-being of the entrepreneur; and finally, that the experience in the entrepreneurial activity moderates the mediation previously described. This study contributed to the deepening of knowledge about some factors that can influence the subjective well-being of the entrepreneurs in the startup phase which, since all the hypotheses were properly corroborated, can become the basis for further investigations.