Utilize este identificador para referenciar este registo:
http://hdl.handle.net/10071/19866
Autoria: | Maia, Joana Vidal |
Orientação: | Santos, Susana |
Data: | 12-Nov-2019 |
Título próprio: | Histórias de vida como estratégia discursiva na campanha #EuVouContar |
Referência bibliográfica: | MAIA, Joana Vidal - Histórias de vida como estratégia discursiva na campanha #EuVouContar [Em linha]. Lisboa: ISCTE-IUL, 2019. Dissertação de mestrado. [Consult. Dia Mês Ano] Disponível em www:<http://hdl.handle.net/10071/19866>. |
Palavras-chave: | Género Análise do discurso Internet Aborto Brasil Gender studies Discourse analysis Life stories Abortion Brazil Sociologia da comunicação Mulher História de vida |
Resumo: | A legislação brasileira permite o aborto apenas em três casos: violação; para salvar a vida da
mulher; e gestação de um feto anencefálico. Isto não impede que 20% das mulheres faça pelo
menos um aborto até os 40 anos e muitas morram no processo. Enquanto isso, às sobreviventes
resta o silêncio e o segredo, sustentados pela ilegalidade oficial e pela condenação moral. Com
intenção de “dizer que a lei está errada”, a ONG Anis – Instituto de Bioética, Direitos Humanos
e Gênero organizou a Campanha #EuVouContar para publicar relatos de mulheres que fizeram
um aborto clandestino. Entre 2017 e 2019, foram publicadas 52 estórias na página oficial do
projeto e nas redes sociais online da instituição. O objetivo deste trabalho é perceber como as
histórias de vida foram usadas para construir uma estratégia discursiva em defesa da legalização
do aborto. Através de uma combinação de métodos de análise do discurso e apreensão da
realidade a partir de histórias de vida, estudamos as Histórias 1 a 40 para perceber os
significados que produzem e como refletem a realidade dos abortos clandestinos no Brasil; as
estruturas sociais que a fazem ser como é; os interdiscursos com que se relacionam; e quem são
as mulheres que se propõem a partilhar suas experiências. A partir daí, analisamos o discurso
coletivo formado por estas estórias, com intenção de persuadir o interlocutor a aderir à uma
ideia e tomar lugar na luta pela legalização do aborto no Brasil. Brazilian State allows abortion only in three cases: rape; to save the woman's life; and gestation of an anencephalic fetus. It does not avoid 20% of women from having at least one abortion until age of 40 and many of them to die in the process. Meanwhile, the survivors still in silence and keep the abortion in secret, threatened by the official law and the society’s moral condemnation. Intending to “say the law is wrong,” NGO Anis - Institute of Bioethics, Human Rights and Gender organized the #MyAbortionStory Campaign to publish stories of women who had a clandestine abortion. Between 2017 and 2019, 52 stories were published on the project's official website and on the Anis’ social media. The purpose of this Masters dissertation is to understand how life stories were used to construct a discursive strategy in defense of legalizing abortion. We combined discourse analysis and life stories methods to study Stories 1 to 40 to understand the meanings they produce and how they reflect the reality of clandestine abortions in Brazil; the social structures that make it this way; the interdiscourses with they are related to; and who are these women who propose to share their experiences. From there, we analyze the collective discourse formed by these stories, with the intention of persuading the interlocutor to adhere to an idea and take place in the struggle for the legalization of abortion in Brazil. |
Designação do grau: | Mestrado em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação |
Arbitragem científica: | yes |
Acesso: | Acesso Aberto |
Aparece nas coleções: | T&D-DM - Dissertações de mestrado |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
master_joana_vidal_maia.pdf | 1,07 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir | |
errata_master_joana_vidal_maia.pdf | 86,89 kB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.