The expected impact of the payment services directive 2 in Portugal, at three levels: consumers, traditional banking and fintechs

Abstract

The banking industry is significantly changing due to the shifting customers’ expectations, technology-driven innovations and crucial regulatory changes such as the revised Payments Services Directive (PSD2). As a result of PSD2, European banks need to share account information and payment initiations information with third-party providers, in order to increase integration, effectivity and competition on the European payment market. The purpose of this dissertation is to assess the expected impact of this regulatory change, at three different levels: consumers, banks and fintechs. Due to their distinct characteristics, each level was analysed in a different way: the consumers’ level through a quantitative analysis, with the use of questionnaires; the other two through a qualitative analysis, by conducting semi-structured interviews. Regarding consumers, it became clear that banks are highly trusted and that, although they are still unsure about the new services, the willingness to try them is considerably higher if the player is a financial institution. Banks believe that the trust consumers have in them is their major strength to cope with this change, and they are willing to go beyond the required compliance strategy and head towards an open banking approach. When compared to other European countries, they also highlighted that compliance is assured in an atypical way, due to SIBS’ intervention. Both banks and fintechs confirmed that, in order to achieve new business opportunities and overcome weaknesses, they are open to establish partnerships, reason why it is possible to state that there is a cooperation trend in the Portuguese market.

A indústria bancária está a mudar significativamente devido a alterações nas expectativas dos clientes, à inovação inerente à tecnologia e a nova legislação, como a Diretiva dos Serviços de Pagamento revista (DSP2). Como resultado desta diretiva e com o objetivo de aumentar a integração, a eficiência e a competição no mercado europeu de pagamentos, os bancos passaram a ter que partilhar informação sobre contas e iniciação de pagamento com terceiros. Esta dissertação visa avaliar o impacto esperado desta diretiva a três níveis diferentes: consumidores, bancos e fintechs. Devido às suas características distintas, cada nível foi analisado de maneira diferente, nomeadamente: o nível do consumidor através de uma análise quantitativa, com questionários; os outros dois através de uma análise qualitativa, com entrevistas semiestruturadas. Em relação aos consumidores, ficou claro que existe uma grande confiança nos bancos e que, embora ainda estejam apreensivos em relação aos novos serviços, a recetividade em experimentá-los é consideravelmente maior se estes forem fornecidos por uma instituição financeira. Os bancos consideram que a confiança dos consumidores é o seu principal ponto forte para lidar com esta mudança e admitem ir além da estratégia de conformidade exigida. Comparativamente a outros países europeus, eles também destacaram que esta conformidade foi garantida de maneira atípica, devido à intervenção da SIBS. Tanto os bancos como as fintechs confirmaram que, para alcançar as oportunidades de negócios promovidas pela DSP2 e superar fragilidades atuais, estão abertos a estabelecer parcerias. Nesse sentido, é possível afirmar que há um clima de cooperação no mercado português.