The impact of cultural time perception in economic behavior: A reinforcement of Max Weber's thesis

Abstract

The individual and collective perception of time, which is culturally transmitted, molds significantly the way individuals and societies behave and perform in economic matters. The overall aim is to explore how time (as a resource and an institution) is thought-out and how it is one of the most preponderant factors to influence, for instance, consumption, preferences, economic growth and development. The investigation aims to further corroborate and strengthen Max Weber’s 1904-1905 The Protestant Ethic and the Spirit of Capitalism. This is done by showing that the perception of time comes forward as an important cause of the differences between the ascetic Protestant and Catholic mentalities, and consequently their economic behavior and decision-making processes. In other words, it aims to prove that cultural time is a variable (albeit often neglected) that plays a central role in the way the “capitalistic spirit” appeared among certain Protestant doctrines and helped construct the economic paradigms of our times.

A perceção individual e coletiva de tempo, que é transmitida por via cultural, molda consideravelmente a forma como os indivíduos e as sociedades agem e como é o seu desempenho em termos económicos. O principal objetivo da presente tese é abordar a forma como o tempo (como um recurso e uma instituição) está presente como um dos fatores que mais influência tem sobre o consumo, as preferências, o crescimento económico e o desenvolvimento. Pretende-se, nesse sentido, corroborar e consolidar a obra A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo de Max Weber (1904-1905). Tal faz-se ao demonstrar que a perceção de tempo assume um papel central no contraste entre as formas de pensamento e conceções protestantes e católicas, e consequentemente o seu comportamento económico e processos de tomada de decisão. Por outras palavras, pretende-se provar que o tempo cultural é uma variável (ainda que frequentemente negligenciada) que assume um papel central na forma como o “espírito capitalista” surgiu em determinadas doutrinas protestantes e ajudou a construir os paradigmas económicos dos nossos tempos.