O contributo da liderança promotora de saúde na relação entre inteligência emocional, queixas subjetivas de saúde e burnout

Abstract

O trabalho constitui uma importante componente da vida de um indivíduo sendo considerado o ambiente de trabalho um dos estímulos ambientais que tem impacto na função mental e por consequência na saúde física (Gómez-Pinilla, 2008). Partindo desta premissa, este trabalho de investigação teve como objetivo analisar a relação entre a inteligência emocional das chefias percebida pelos trabalhadores e os níveis de burnout e de queixas subjetivas de saúde dos trabalhadores, bem como também perceber se a liderança promotora de saúde modera esta relação. Os dados foram recolhidos através de um questionário online respondido por 107 trabalhadores no ativo, tratando-se desta forma de um estudo transversal e correlacional. Os resultados mostram que não existe uma associação significativa entre os níveis de inteligência emocional das chefias e os níveis de burnout e de queixas subjetivas de saúde apresentados pelos trabalhadores. Para além disso, mostra-nos que não existem efeitos de moderação significativos dos modelos de moderação testados. Apesar os resultados pouco expressivos em termos estatísticos consideramos que o presente estudo contribui para o campo da psicologia da saúde ocupacional pelo facto de se focar em variáveis que nunca tinham sido estudadas em conjunto, o que possibilita abrir novas ideias de investigação futura.

Work is an important component of an individual's life and the work environment is considered one of the environmental stimuli that has an impact on mental function and consequently on physical health (Gómez-Pinilla, 2008). Based on this premise, this research work aimed to analyze the relationship between the emotional intelligence of the bosses perceived by the workers and the burnout levels and subjective health complaints of the workers, as well as to understand if the health promoting leadership moderates this relationship. Data were collected through an online questionnaire answered by 107 active workers, which is a cross-sectional and correlational study. The results show that there is no significant association between the emotional intelligence levels of the managers and the burnout levels and subjective health complaints presented by the workers. In addition, it shows us that there are no significant moderation effects of the moderation models tested. Despite the statistically insignificant results, we consider that the present study contributes to the field of occupational health psychology by focusing on variables that had never been studied together, thus opening up new ideas for future research.