Romania as a European Union member in the Black Sea Region

Abstract

After the Cold War, the Black Sea ‘’Region’’ became a centre of geopolitical competition for various powers such as Russia, the European Union (EU), Turkey, the United States of America (US), and the North Atlantic Treaty Organization (NATO). With the accession of Romania and Bulgaria to NATO and the EU in 2004 and 2007, respectively, the Black Sea Region (BSR) became a border of these two organizations. The invasion of Georgia and the annexation of Crimea in March 2014, on behalf of Russia, brought new challenges and paradigms for this area, becoming a relevant issue for the academic sphere. Therefore, in this dissertation we analyse the role of one of the actors, Romania, from the perspective of being an EU member state in the region, in a post-Crimea period. We conclude that Romania is still in a developing phase as a member of the ‘western’ institutions, having a limited foreign policy in the BSR and is strongly in favour of a greater presence therein of the EU, NATO, and the US. The latter is its main strategic partner, as an attempt to balance the ''duopoly'' in the region, represented by Russia and Turkey, while also showing an interest for the creation of new regional initiatives such as the Bucharest 9 initiative (B9) and the Three Seas Initiative (3SI). In addition, Romania is involved in a close social, economic, and political relationship with Moldova, and participates in regional projects aimed at the diversification of energy sources.

Após a Guerra Fria, a ‘’região’’ do Mar Negro tornou-se um centro de competição geopolítica de vários poderes como a Rússia, a União Europeia (UE), a Turquia, os Estados Unidos da América (EUA), e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Com a adesão da Roménia e da Bulgária à NATO e à UE em 2004 e 2007, respetivamente, a região do Mar Negro passou a região fronteiriça destas duas organizações. A invasão da Geórgia e a anexação da Crimeia em março 2014, por parte da Rússia, trouxeram novos desafios e paradigmas a este espaço, tornando-se um assunto relevante para a esfera académica. Como tal, nesta dissertação analisamos o papel de um dos atores, a Roménia, sob o prisma de estado membro da UE na região, num período pós-Crimeia. Concluímos que a Roménia ainda se encontra numa fase de desenvolvimento como membro das instituições ‘ocidentais’, possuindo uma política externa limitada na região do Mar Negro, mas é fortemente a favor de uma maior presença por parte da UE, da NATO e dos EUA. Este último é o seu principal parceiro estratégico, numa tentativa de equilibrar o ‘’duopólio’’ regional representado pela Rússia e pela Turquia, ao mesmo tempo demonstrando interesse pela criação de novas iniciativas regionais como a iniciativa Bucareste 9 (B9) e a iniciativa dos Três Mares (3SI). Além do mais, a Roménia está envolvida numa relação próxima de cariz social, económico, e político com a Moldávia, e participa em projetos regionais destinados à diversificação de fontes de energia.