Negative campaigning in European parliamentary elections: the case of Portugal 2009 - 2019

Abstract

This study aimed to contribute to the literature on negative campaigning, by studying it on a never tested context: the campaigning to the European Parliament elections (second-order elections) in Portugal during 2009 to 2019. The main objective of this dissertation was to verify patterns of evolution along the period and test the conventional factors explaining campaign negativity outside a first-order electoral competition. In order to fulfil this goal, a content analysis approach was used. The focus was put on the political discourse on TV spots and outdoors. The results show that during this period campaign negativity fluctuated, being the 2014 campaign the one with more negativity, which is in accordance with many studies in the European context. Other conclusions of the study are that parties’ position on the polls tend to influence the amount of negativity used. Also, the use of this strategy is mostly seen at the beginning of campaigns, contrary to what the literature suggests, and ideology affects the level of negativity, being the most left-wing parties the more negative. Most of the campaign is focused on national policies and not European issues.

Este estudo teve o objectivo de contribuir para a literatura das campanhas negativas, estudando-as num contexto nunca antes analisado: as campanhas das eleições para o Parlamento Europeu (eleições de segunda ordem) em Portugal durante o período de 2009 a 2019. O principal objectivo desta dissertação foi o de verificar padrões de evolução durante o período e testar os factores tradicionais das campanhas negativas identificados nos estudos sobre eleições de primeira ordem. Para responder a esta questão é usado o método da análise de conteúdo, sendo analisados os tempos de antena e os cartazes produzidos pelos vários partidos. Os resultados mostram que, durante este período, o recurso à campanha negativa varia, sendo a campanha de 2014 a mais negativa, estando isto de acordo com muitos estudos feitos no contexto europeu. Outras conclusões do estudo são que a posição dos partidos nas sondagens tende a influenciar o recurso à campanha negativa. Além disso, esta estratégia é observável maioritariamente no início das campanhas, contrariamente ao sugerido pela literatura, e a ideologia afecta o nível de negatividade, sendo os partidos mais à esquerda os mais negativos. A maioria da campanha é focada em assuntos internos e não europeus.