As redes sociais pessoais de idosos institucionalizados em ERPI

Abstract

A presente investigação é desenvolvida com o objetivo de compreender o impacto da institucionalização, dos idosos, nas suas redes sociais pessoais. Neste contexto, utilizamos uma abordagem qualitativa, orientada pelo método indutivo, assente num método descritivo simples. Para a recolha de dados, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas. A amostra deste estudo é constituída por 15 idosos integrados na Lati - Liga dos Amigos da Terceira Idade; no Lar Nossa Senhora da Assunção da Santa Casa da Misericórdia de Alter do Chão; e na Associação e Centro de Apoio à Terceira Idade de Santo Estevão. Constatámos que a institucionalização tem, efetivamente, impacto nas redes sociais pessoais dos mais velhos. Esta alteração de residência tem efeito na construção de novas relações. Contudo, verificámos que os contactos que os idosos mantêm com os elementos que já pertenciam à sua rede antes da institucionalização, revelam-se, por vezes, menos frequentes. É neste quadro, que surge o Serviço Social, uma vez que lhe é exigida a defesa dos direitos dos idosos, bem como a promoção da participação dos mesmos, a sua autonomia e poder de decisão.

This researched was developed with the goal of understanding the impact of the institutionalization of the elderly on their personal social networks. In this context, we use a qualitative approach, guided by the inductive method, based on a simple descriptive method. For data collection we conducted semi-structured interviews. The sample for this study is constituted by 15 elderly people integrated in LATI - Liga dos Amigos da Terceira Idade; in Lar Nossa Senhora da Assunção da Santa Casa da Misericórdia de Alter do Chão; and the Associação e Centro de Apoio à Terceira Idade de Santo Estevão. We have verified that institutionalization has an impact on the integrity of social networks of the elderly. This change of residence has an effect on the construction of new relationships. However, we found that the relationships the elderly maintain with the members that already belonged to their group before institutionalization, are sometimes less frequent. It is in this context that the Social Work emerges, since it is required to defend the rights of the elderly, as well as promoting their participation, their autonomy and decision-making power.