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http://hdl.handle.net/10071/16530
Autoria: | Cordeiro, G. I. |
Data: | 2018 |
Título próprio: | A rua e a casa, que relação? |
Volume: | 21 |
Paginação: | 49 - 52 |
ISSN: | 2192-908X |
Resumo: | Na apresentação que Roberto DaMatta, antropólogo brasileiro, faz da reedição em 2003 da obra clássica de Gilberto Freyre, Sobrados e Mucambos (1939), elege a casa “como categoria sociocultural, agência de sentimentos e instituição económica” que se constitui como o ponto de partida analítico para pensar as noções nativas de ‘casa’ e ‘rua’, usando-as como “portas e janelas para traduzir o sistema brasileiro” (DaMatta, 2003: 17). A casa, seja a casa-grande mais rural ou o sobrado mais urbano é, neste sistema, mais do que local de moradia; é a “escola, igreja, banco, partido político, hospital, casa comercial, hospício, local de diversão, parlamento, restaurante e o que mais se queira...”, isto é, “uma instituição sem rival na sociedade brasileira” (idem: 18). Como bem refere Gilberto Freyre nesta obra: “O patriarcalismo brasileiro, vindo dos engenhos para os sobrados, não se entregou logo à rua; por muito tempo foram quase inimigos, o sobrado e a rua (Freyre, 2003: 139). Na sua interpretação, Roberto da Matta insiste em que a verdadeira oposição à noção brasileira de ‘casa’ seria, mais do que o mucambo ou a favela, a rua, como polo de vida pública e política, regida por regras em tudo diferentes das que existem no espaço doméstico da casa. Antes do mais, a rua é o lugar em que a ‘pessoa’ da casa se transforma em “indivíduo-cidadão” (DaMatta, 2003: 13). |
Arbitragem científica: | no |
Acesso: | Acesso Aberto |
Aparece nas coleções: | CIES-OP - Outras publicações |
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