Working capital management and profitability: evidence from the portuguese tourism sector

Abstract

Working Capital Management should be managed in accordance to the importance that daily financial decisions assume in the present economic environment. It is expected that an efficient Working Capital Management affects positively firms’ profitability and consequently its development. This relationship has been investigated by several authors in order to provide the best practices for managers to apply. Through an empirical analysis, considering a sample of 6,659 Portuguese Tourism SMEs for the time period 2007-2014, this study examines the relationship between profitability and Working Capital Management. Consistent with previous studies, the findings, which are robust to the presence of endogeneity, establish a negative relation between the working capital, measured by the cash conversion cycle, and profitability, measured by the ROA. This suggests that firms can enhance profitability by reducing the time period of accounts receivable and inventories, while no statistical significant relationship is observed between accounts payable and profitability. Overall, shortening the cash conversion cycle has a positive impact in firms’ profitability. This research contributes to the present literature by confirming previous findings regarding SMEs in general, and with particular focus to the case of Portuguese Tourism SMEs.

O Fundo de Maneio (FM) deve ser gerido de acordo com a importância que as decisões financeiras do dia-a-dia assumem na presente conjuntura económica. É expectável que uma gestão eficiente tenha um efeito positivo na rentabilidade das empresas e consequentemente no seu desenvolvimento. Esta relação foi previamente estudada por vários autores, com o propósito de fornecer informação sobre as melhores práticas para os gestores aplicarem. Através de um estudo empírico, considerando uma amostra de 6,659 pequenas médias empresas (PMEs) do setor do Turismo Português para o período entre 2007 e 2014, este estudo investiga a relação entre a rentabilidade e o FM. Os resultados foram obtidos desenvolvendo uma análise de estatística descritiva, a correlação de Pearson e efectuando uma regressão das equações através Método dos Efeitos Fixos, de modo a garantir que as relações encontradas revelam um impacto do Ciclo Financeiro de Exploração (CFE) na rentabilidade das empresas e não o inverso. Em linha com estudos anteriores, os resultados revelaram-se robustos na presença de endogeneidade. Foi também estabelecida uma relação negativa entre o CFE e a rentabilidade, provando que as empresas podem melhorá-la reduzindo o período de tempo das contas a receber e dos inventários, enquanto que não foi encontrada qualquer relação estatisticamente significante entre contas a pagar e rentabilidade. No geral, reduzir o CFE tem um impacto positivo na rentabilidade das empresas. Este estudo contribui para a literatura existente, confirmando os resultados anteriores, relativos às PMEs num todo, e com particular foco no caso das empresas Turísticas Portuguesas.