Os cafés de Lisboa como espaços de socialização. Sines - indústria e estrutura portuária

Abstract

O café como espaço de encontro, é desde sempre parte integrante de qualquer sociedade. Além de ser um lugar destinado ao consumo, nele desenvolvem-se algumas das atividades mais básicas do ser humano: interação social, trocas culturais e atividades de lazer, formas de estar desprendidas de formalidades, que refletem os hábitos e costumes de uma comunidade. Da sua relação entre organização espacial e os modos de apropriação dos seus utilizadores, resulta a construção do ambiente próprio de cada café. O sentido de espaço arquitetónico vai além da forma construída, do conjunto de cheios e vazios, do detalhe construtivo, é algo tão “plástico e imaterial como o próprio tempo” (Fuão, 2004), percebido e vivenciado de diversas formas, pelo que é fundamental à disciplina compreender a dimensão do sujeito e o modo como as qualidades espaciais o influenciam na sua perceção. É neste sentido que o café se apresenta como o objeto de estudo adequado, na medida em que é palco de inúmeras variantes, quer espaciais, quer sociais, permitindo observar modelos culturais, na sua forma mais autêntica. Pretende-se que um dos contributos deste trabalho seja desvendar a relação intrínseca entre a organização espacial e o modo de apropriação dos seus utilizadores no espaço construído, conseguido através de três casos de estudo e das peculiaridades observadas nos cafés e, por sua vez, desmistificar estes espaços, que, ainda que, tão presentes na sociedade, nem sempre temos consciência da sua importância.

The coffee shop, as meeting space, it has always been an integral part of any society. In addition to being a place for consumption, are developed in some of the most basic human activities: social interaction cultural exchange and leisure activities, ways of being detached formalities, that reflect the habits and customs of a community. Of your relationship between spatial organization and those of its users ownership modes, follows an environmentally construction own each of coffee shop. The sense of architectural space goes beyond the built form of the set of full and empty, constructive detail, is something as "plastic and immaterial as own time" (Fuão, 2004), perceived and experienced in different ways, so it is crucial to understand the discipline dimension of the subject and how the spatial qualities influence their perception. This is why coffee appears as the proper object of study, in that it is host to numerous variants, either spatial or social, allowing you to see cultural models in its most authentic form. It is intended that one of the contributions of this work is to unveil the intrinsic relationship between spatial materiality and the socio-cultural dimension of the built space, achieved through three case studies and the peculiarities observed in coffee shops and, in turn, demystify these spaces, which although, so present in society, not always are aware of its importance.