Financing conditions and sustainability of SMEs in Portugal

Abstract

Bearing in mind the vital role played by Small and Medium-sized Enterprises (SMEs) in the economy of Portugal and many other countries, the increase in the number of companies in a process of bankruptcy and the shortened amount of long-term loans granted to SMEs during the period of economic downturn, this research paper aims to investigate to what extent the level of access to finance for SMEs restricts its sustainability. For this purpose, it is developed an econometric model that uses indicators of financing conditions to which companies are subject and relates to representative financial ratios of the concept of sustainability. The model uses aggregate data collected from all companies operating in the country during the period under review and is applied twice in order to ensure that the results point in the same direction in both cases. Firstly, the data is organized by region and then, with a more extensive set of data, it is organized by industry. The findings reveal that longterm loans have a positive impact in the following accounting categories of SMEs: profitability, coverage and activity, thereby contributing to an improvement in their financial sustainability in these areas. However, at the same time, an increase in financial leverage is also registered, which is considered undesirable for the sustainability of companies. In addition, when compared to SMEs, large companies show a less strong impact on all ratios considered in the analysis.

Tendo em conta o papel vital desempenhado pelas Pequenas e Médias Empresas (PME) na economia Portuguesa e em muitos outros países, o aumento do número de empresas em processo de falência e a redução do montante de empréstimos de longo prazo concedido às PME durante o período de crise económica, este trabalho de investigação tem como principal objetivo apurar em que medida o nível de acesso ao financiamento das PME restringe a sua sustentabilidade. Para tal, é desenvolvido um modelo econométrico que utiliza métricas indicadoras das condições de financiamento a que as empresas se encontram sujeitas e relaciona com rácios financeiros representativos do conceito de sustentabilidade. O modelo utiliza dados agregados recolhidos a partir de todas as empresas a operar no país durante o período em análise e é aplicado duas vezes, a fim de assegurar que os resultados apontam na mesma direcção em ambos os casos. Em primeiro lugar, os dados são organizados por região e, em seguida, com um conjunto de dados mais extenso, são organizados por sector de actividade. Os resultados revelam que os empréstimos de longo prazo produzem um impacto positivo nas seguintes categorias contabilísticas das PME: rentabilidade, cobertura e actividade, contribuindo assim para uma melhoria da sua sustentabilidade financeira nessas áreas. Contudo, ao mesmo tempo é registado um aumento da alavancagem financeira, que é considerado indesejável para a sustentabilidade das empresas. Além disso, os resultados indicam ainda um impacto menos forte sobre as empresas de grande dimensão em todos os rácios considerados na análise, quando comparadas com as PME.