Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10071/11659
Autoria: Barradas, Ricardo Pereira
Orientação: Lagoa, Sérgio
Data: 2015
Título próprio: Essays on the Portuguese economy: The era of financialisation
Referência bibliográfica: Barradas, R. P. (2015). Essays on the Portuguese economy: The era of financialisation [Tese de doutoramento, Iscte - Instituto Universitário de Lisboa]. Repositório do Iscte. http://hdl.handle.net/10071/11659
ISBN: 978-989-732-896-1
Palavras-chave: Economia portuguesa -- Portuguese economy
European Union
Financialisation
Sovereign debt crisis
Non-financial corporations
Inequality on functional income distribution
União Europeia
Financeirização
Crise da dívida soberana
Empresas não financeiras
Desigualdade na distribuição funcional do rendimento
Resumo: This PhD thesis aims to assess the financialisation process in Portugal since the early 1980s and a particular dimension of the respective process in the European Union countries since the mid-1990s, through the compilation of four inter-related Essays. The broad and complex concept of financialisation tends to offer a negative perspective on the impact of growth of finance in the economy, contrary to the predictions of mainstream economics that considers the growth of finance as a general positive phenomenon. In that sense, the emergence of financialisation in Portugal is contextualised in an historical, economic and international perspective in the first Essay. Based on the analysis of several indicators, this Essay concludes that the Portuguese economy exhibits symptoms of financialisation that put in evidence its structural weaknesses and played an important role on the recent sovereign debt crisis. The second Essay aims to address empirically the relationship between financialisation and the Portuguese real investment through a time series econometric analysis. Financialisation, on the one hand, leads to a rise of financial investments by non-financial corporations, which deviates funds from real investments (“crowding out” effect). On the other hand, strong pressures around the intensification of financial payments restrain funds available for real investments. This Essay concludes that the financialisation process has hampered the Portuguese real investment, mainly through the channel linked with financial payments. The empirical analysis of the second Essay is extended to the European Union countries in the third Essay using a panel data econometric analysis. This Essay concludes that the financialisation process has also damaged real investment in European Union countries, mainly through the financial payments channel. The Essay is also able to identify that the financialisation process causes a higher slowdown in real investment in the more financialised countries, which represents an important conclusion for a less financialised economy like Portugal. The fourth Essay aims to assess empirically the relationship between financialisation and the Portuguese labour income share, conducting a time series econometric analysis. The financialisation process tends to increase the inequality on functional income distribution, visible in the growing importance of profit share in viidetriment of labour income share, which occurs through three channels: the change in the sectorial composition of the economy (due to the increase of the weight of financial activity and the decrease of government activity), the shareholder value philosophy and the weakening of trade unions. The Essay finds evidence that the financialisation process affected the evolution of the Portuguese labour income share, namely trough changes in government activity and in trade union density. Overall, this PhD thesis offers further evidence that the financialisation process also affects negatively and from different prisms the smaller, less developed and more peripheral economies, such as Portugal.
Esta tese de Doutoramento procura avaliar o processo de financeirização em Portugal desde os anos oitenta e uma dimensão particular do mesmo processo nos países da União Europeia desde meados da década de noventa, através da compilação de quatro Ensaios inter-relacionados. O conceito amplo e complexo de financeirização tende a oferecer uma perspectiva negativa sobre o impacto do crescimento da finança na economia, ao contrário da teoria económica convencional que considera o crescimento da finança como um fenómeno geralmente positivo. Neste sentido, a emergência da financeirização em Portugal é contextualizada segundo uma perspectiva histórica, económica e internacional no primeiro Ensaio. Baseado na análise de vários indicadores, este Ensaio conclui que a economia portuguesa exibe sintomas de financeiração que colocaram em evidência fraquezas estruturais desta economia, desempenhando portanto um papel importante na recente crise da dívida soberana. O segundo Ensaio procura analisar empiricamente a relação entre a financeirização e o investimento real português através de uma análise econométrica de séries temporais. A financeirização, por um lado, conduz a um aumento dos investimentos financeiros por parte das empresas não financeiras, o que desvia fundos dos investimentos reais (efeito “crowding out”). Por outro lado, as pressões em torno da intensificação dos pagamentos financeiros restringem igualmente os fundos disponíveis para a materialização de investimentos reais. Este Ensaio conclui que o processo de financeirização tem contribuído para uma desaceleração do investimento real português, principalmente através do canal dos pagamentos financeiros. A análise empírica do segundo Ensaio é estendida para os países da União Europeia no terceiro Ensaio usando uma análise econométrica em dados de painel. Este Ensaio conclui que o processo de financeirização tem penalizado o investimento real nestes países, principalmente através dos pagamentos financeiros. Este Ensaio identifica ainda que o processo de financeirização causa um abrandamento mais acentuado do investimento real nos países mais financeirizados, o que acaba por se revelar uma conclusão importante para uma economia menos financeirizada como a portuguesa. O quarto Ensaio procura avaliar empiricamente a relação entre a financeirização e a parcela dos rendimentos do trabalho em Portugal, conduzindo uma análise veconométrica de séries temporais. O processo de financeirização tende a aumentar a desigualdade na distribuição funcional do rendimento, visível na crescente importância dos lucros em detrimento da parcela dos rendimentos do trabalho, o que ocorre através de três canais: a mudança na composição sectorial da economia (aumento do peso do sector financeiro e diminuição do peso do sector público), a filosofia subjacente à criação de valor para o acionista e o enfraquecimento dos sindicatos. O Ensaio conclui que o processo de financeirização tem sido responsável pela evolução da parcela dos rendimentos do trabalho, sobretudo por via do peso do sector público e dos sindicatos. De forma geral, esta tese de Doutoramento oferece evidência adicional que o processo de financeirização também afecta negativamente e sobre diferentes primas economias mais pequenas, menos desenvolvidas e mais periféricas, como Portugal.
Designação do grau: Doutoramento em Economia
Arbitragem científica: yes
Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:T&D-TD - Teses de doutoramento

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