Where is the gap in the gender pay gap?

Abstract

In 1919, the ILO acknowledged the vital importance of equal pay for men and women for equal-value work, emphasising it as a critical component of social justice. Despite multiple EU and national programs addressing gender inequalities in the labour market, women continue to face these discrepancies in various EU member states (Vosko et al., 2009). Various measures (for example, the Treaty on the Functioning of the European Union and the European Community Equal Pay Directive) have been executed to remove all forms of gender discrimination in all aspects and circumstances of remuneration. The European Commission prioritises closing the gender pay gap, as stated in the Gender Equality Strategy 2020-2025 (Leythienne & Pérez-Julián, 2021). However, according to Eurostat (2022), women still earn 13% less per hour than males, with large variations by country. Although the gender pay gap has decreased in most countries, there is no single solution or policy for achieving gender equality (Pascal & Lewis, 2004). Given the relevance of this problem, the purpose of the project is to answer the following questions: "What are the differences in gender pay gaps between European countries?" What are their causes and characteristics when they occur?" In addition to examining and comprehending the salary disparities between European countries, I am attempting to understand the reasons and specifics of these disparities. In other words, to understand why certain countries, such as Luxembourg, have such a small difference while others, such as Latvia, have a large gap. This is especially relevant to me because EU laws and regulations apply to the majority of countries, and human capital factors, such as educational qualifications, have already been shown to be responsible for just a small portion of the disparity. The question remains as to why some countries succeed in closing the gender pay gap while others do not. The gender wage gap is a well-studied issue that has been the topic of numerous national and international surveys, as well as investigations by organizations such as the International Labour Organization. In my case, my goal is to focus on the occurrence of this issue in European countries, by not only comparing hourly pay levels but also reviewing studies that can explain the causes and specificities behind this difference. This research will provide valuable insights into the factors contributing to gender pay gaps in Europe and inform potential policy interventions to promote gender equality in the region. By analyzing the variations in pay gaps and their underlying causes, we can work towards creating a more equitable and inclusive society for all individuals.

A OIT reconheceu a importância do pagamento igual para homens e mulheres por trabalho de igual valor em 1919, destacando-o como um aspeto crucial da justiça social. Embora várias políticas comunitárias e nacionais tenham sido implementadas para lidar com as desigualdades de género no mercado de trabalho, as mulheres ainda vivenciam essas desigualdades em diferentes estados-membros da União Europeia (Vosko et al., 2009). Várias medidas (ex. Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, Diretriz de Igualdade Salarial da Comunidade Europeia) foram implementadas para eliminar qualquer tipo de discriminação em razão do sexo no que se refere a todos os aspetos e condições de remuneração. A Comissão Europeia considera uma prioridade acabar com as disparidades salariais entre homens e mulheres, conforme declarado na Estratégia para a Igualdade de Género 2020-2025 (Leythienne & Pérez-Julián, 2021). No entanto, segundo o Eurostat (2022), as mulheres ainda ganham em média 13% menos por hora do que os homens, com variações significativas entre os países. Embora a disparidade salarial de género tenha diminuído na maioria dos países, não existe uma solução ou política única para alcançar a igualdade de género (Pascal & Lewis, 2004). Tendo em conta a importância deste tema, este trabalho visa responder às perguntas: “Quais as diferenças entre os países da Europa no que diz respeito à discrepância salarial entre géneros? Quais as causas e especificidades das mesmas, quando estas existem?”. Além de analisar e perceber quais as diferenças entre os valores de discrepância salarial, entre os países da Europa, procuro também perceber quais as causas e especificidades dessas diferenças. Por outras palavras, perceber o porquê de alguns países como o Luxemburgo apresentarem uma discrepância tão baixa comparativamente a países como, por exemplo, a Letónia, que registam uma discrepância tão elevada. Considero esta questão particularmente pertinente, uma vez que as políticas e medidas comunitárias são aplicadas à generalidade dos países e as questões inerentes ao capital humano, como o nível de escolaridade, já foram provadas como apenas responsáveis por uma pequena parte do “gap”. Resta a questão, como alguns países conseguiriam ter sucesso na diminuição da discrepância salarial entre géneros e outros não.A discrepância salarial entre mulheres e homens é um fenómeno já estudado, e um tema alvo de vários inquéritos nacionais e internacionais, bem como de estudos de organizações como a Organização Internacional do Trabalho. No meu caso, o meu objetivo é focar-me na ocorrência deste fenómeno em países da Europa, através da comparação não só dos valores de salário hora como também à análise de estudos que possam explicar as causas e especificidades por detrás desta diferença.