Representing energy citizenship for positive energy districts: A socio-psychological analysis

Abstract

Towards low carbon energy transitions, the EU is promoting Positive Energy Districts (PEDs), which produce more renewable energy than they consume. On paper, they encourage more participatory governance which decentralises and democratises energy decisions, as captured in the emergent concept of energy citizenship. Most approaches to energy citizenship heretofore have focused on prosumerism, which might limit citizens’ rights, responsibilities, and relations with energy and the environment. This thesis analyses which representations of energy citizenship are being fostered, negotiated, and resisted in PED policies at EU, national, and local levels, by stakeholders and citizens, via a case study of a PED in creation – Torres Vedras, Portugal. Accordingly, this thesis argues for crucial inputs from governmentality, participatory governance, and socio-psychological frameworks – namely, critical social psychology of citizenship. These frameworks were applied to qualitative studies examining the institutionalisation of energy citizenship (Study 1 – policy document analysis), stakeholder mediation (Study 2 – interviews with intermediaries), and citizen appropriation or resistance (Study 3 – citizen focus groups), along with socio-psycho-environmental impacts on justice, inclusion, and well-being. Findings demonstrate that hegemonic neoliberal governmentality is enacted and reified through policy, stakeholders, and citizens to create an energy citizen who is individually and ethically responsible for energy efficiency, excluding vulnerable citizens and collective energy practices from energy citizenship. However, some intermediaries and citizens contest this representation and negotiate and advance alternative, more transformative uptakes of energy citizenship, claiming energy as a right and as commons. Thus, this thesis contributes theoretical and empirical knowledge to our emerging understanding of energy citizenship.

Com vista a uma transição energética com baixas emissões de carbono, a União Europeia (EU) está a promover Distritos de Energia Positiva (DPE), que produzem mais energia renovável do que consomem. A intenção é que promovam uma governação mais participativa, que descentralize e democratize as decisões sobre energia, tal como subjacente ao conceito emergente de cidadania energética. Até à data, a maioria das abordagens à cidadania energética centra-se no prosumerismo, que pode limitar os direitos, as responsabilidades e as relações dos cidadãos com a energia e o ambiente. Esta tese analisa quais as representações de cidadania energética que estão a ser promovidase negociadas nas políticas de DPE a nível da UE, nacional e local, por stakeholders e cidadãos, através de um estudo de caso de um DPE em criação - Torres Vedras, Portugal. Para isso, esta tese usa e articula contributos teóricos da governamentalidade, da governança participativa e da psicologia social crítica da cidadania. Este enquadramento teórico foi aplicado com base em estudos qualitativos que examinaram a institucionalização da cidadania energética (Estudo 1 - análise de políticas públicas), a sua mediação por distintos grupos de interesse (Estudo 2 - entrevistas com intermediários) e a sua apropriação ou resistência por parte dos cidadãos (Estudo 3 - grupos de discussão com cidadãos e impactos psico-sócio-ambientais associados. Os resultados demonstram que uma governamentalidade neoliberal hegemónica é promulgada e reificada através de políticas, partes interessadas e cidadãos para promover cidadãos de energia que são indivíduos eticamente responsáveis pela eficiência energética, excluindo da cidadania energética os cidadãos vulneráveis e as práticas energéticas coletivas. No entanto, alguns intermediários e cidadãos contestam também esta representação e propõem abordagens alternativas e mais transformadoras da cidadania energética, reivindicando a energia como um direito e um bem comum. Assim, esta tese contribui com conhecimento teórico e empírico para a compreensão emergente da cidadania energética.