Crisis management model for third sector organizations amid the COVID-19 pandemic

Abstract

The pandemic caused by COVID-19 impacted people and organizations, including the Third Sector, which has seen greater demand to minimize the social and economic effects generated by the crisis. Based on this issue, the present study aimed to give visibility to the effects and impacts caused by the pandemic, the main actions and strategies adopted by Third Sector organizations and, based on these findings, to propose a crisis management model for the Third Sector. By virtue, qualitative exploratory research of the phenomenological type was carried out, whose data were collected from in-depth interviews and information disclosed on the institutions' websites. Thus, the experiences reported by 32 Brazilian and Portuguese organizations underwent an abductive content analysis, considering the existing theoretical framework and the contents of the interviews. The results showed that none of the organizations was fully prepared to deal with the crisis effects and reacted as situations and events occurred. And, unlike what was reported in previous studies, none of these organizations shut down permanently, financial resources kept on existing, and not all the effects generated by the pandemic meant negative impacts, but opportunities for improvement, as well as breaks in paradigms and learning. The results also showed that adopting good governance levels and agile and flexible management models boosted the organizations’ resilience. Therefore, it was possible to propose a crisis management model to be applied to the Third Sector and to suggest future works and practical and academic applications.

A pandemia causada pela COVID-19 impactou pessoas e organizações, inclusive do Terceiro Setor, que se viram com maior procura para minimizar os efeitos sociais e económicos gerados pela crise. Com base nesta questão, o presente estudo teve como objetivo dar visibilidade aos efeitos e impactos gerados pela pandemia, às principais ações e estratégias adotadas pelas organizações do Terceiro Setor e, a partir destes achados, propor um modelo de gestão de crise para o Terceiro Setor. Para isso, foi realizada uma investigação exploratória qualitativa do tipo fenomenológica, cujos dados foram recolhidos a partir de entrevistas em profundidade e de informações divulgadas nos sítios web das instituições. Assim, as experiências relatadas por 32 organizações brasileiras e portuguesas passaram por uma análise de conteúdo abdutiva, considerando o quadro teórico existente e o conteúdo das entrevistas. Os resultados mostraram que nenhuma das organizações estava totalmente preparada para lidar com os efeitos da crise, e reagiu à medida que situações e eventos iam surgindo. E, ao contrário do que foi relatado em estudos anteriores, nenhuma dessas organizações encerrou suas atividades permanentemente, houve disponibilidade financeira, e nem todos os efeitos gerados pela pandemia significaram impactos negativos, mas, sobretudo, oportunidades de melhorias, quebras de paradigmas e aprendizados. Os resultados evidenciaram ainda que a adoção de bons níveis de governança e de modelos de gestão ágeis e flexíveis reforçaram a resiliência das organizações. Por conseguinte, foi possível propor um modelo de gestão de crise para o Terceiro Setor e sugerir futuros trabalhos e aplicações práticas e académicas.