The normality of expressing the belief in a just world

Abstract

Although much research involving the belief in a just world (BJW) has been done in the past decades, most of it has focused on the intra- and inter-individual consequences of holding or threatening such a belief. This work aimed at studying the very expression of the BJW, both personal and general, at the ideological level, specifically whether such an expression is regarded as normative or counternormative. The eight studies included in this thesis provide evidence that the BJW is normative, specifically that individuals use higher degrees of BJW when asked to convey a series of positive images and use lower degrees when asked to convey negative ones. When a target expresses moderate or high BJW for both positive and negative events, he/she is evaluated higher on measures of dimensions of value (social utility and social desirability) than a target expressing low BJW. Furthermore, targets expressing high BJW for either positive (successes) or negative (failures) events are more positively evaluated on at least one dimension of value, than targets expressing low BJW. In fact, the expression of the same positive idea (e.g., self- or other-promotion) is more positively evaluated when it is conveyed through high than through low BJW. Also, the expression of the same negative idea (self- or other derogation) is less negatively evaluated if it is expressed through high than low BJW. Thus, we argue, the expressing BJW per se adds value to individuals engaging in it, even though such an idea may be perceived as not much true. In this regard, we argue that the BJW is a judgment norm.

Ainda que nas últimas décadas a crença no mundo justo (CMJ) tenha sido alvo de muita investigação, a maior parte centrou-se nos níveis intra- e inter-individual. Este trabalho teve como objectivo estudar a própria expressão da CMJ, tanto pessoal como geral, ao nível ideológico, especificamente se a sua expressão é percepcionada como normativa ou contra-normativa. Os oito estudos incluídos nesta tese mostram que a expressão de CMJ é normativa, especificamente que os indivíduos recorrem a graus mais elevados de CMJ para transmitir um conjunto de imagens positivas, e recorrem a graus mais baixos para transmitir imagens negativas. Quando um alvo exprime CMJ moderada ou alta para eventos positivos e negativos, é avaliado mais positivamente em medidas de dimensões de valor (utilidade social e desejabilidade social) do que um alvo que exprime CMJ baixa. Ademais, alvos que exprimem CMJ elevada ou para acontecimentos positivos (sucessos) ou negativos (insucessos) são avaliados mais positivamente em, pelo menos uma dimensão de valor, do que alvos que exprimem CMJ baixa. De facto, a expressão de uma mesma ideia positiva (auto- ou hetero-promoção) é avaliada mais positivamente se o alvo recorrer a CMJ elevada do que baixa. Similarmente, a expressão de uma mesma ideia negativa (auto- ou hetero-derogação) é avaliada menos negativamente se essa ideia for expressa, através de CMJ elevada do que baixa. Argumentamos que a expressão de CMJ, por si, acrescenta valor a quem a profere, mesmo que tal ideia seja percebida como pouco verdadeira. Assim, defendemos que a CMJ é uma norma de julgamento.