Teletrabalho: Passado! Ou futuro?: Análise exploratória de práticas de SmartWorking que consubstanciam os benefícios do teletrabalho

Abstract

A crescente evolução das Tecnologias de Informação e Comunicação traz novas oportunidades nos mais diversos domínios, tanto a nível pessoal como profissional. Neste sentido, a procura de condições laborais mais favoráveis e flexíveis e um melhor equilíbrio entre a vida profissional e pessoal dá origem a um método de trabalho alternativo, denominado por SmartWorking. O trabalho à distância, coloquialmente conhecido por teletrabalho, refere-se ao trabalho remoto a tempo inteiro, sendo este método de trabalho conhecido por grande parte da população ativa mundial por culpa da pandemia. No período pré-pandémico, observava-se uma fraca difusão do teletrabalho em comparação à crescente evolução das TIC e o motivo desta relação paradoxal era objeto de estudo. Contudo, a pandemia veio evidenciar os condicionalismos do teletrabalho tradicional, particularmente a nível psicossocial. Perante isto, surge uma nova face do teletrabalho, denominada por SmartWorking, que consiste em práticas que agilizam e flexibilizam o exercício da atividade laboral conferindo, efetivamente, a autonomia do trabalho ao trabalhador. Neste âmbito, a presente dissertação procura perceber de que forma práticas de SmartWorking podem simultaneamente concretizar os benefícios do trabalho remoto e colmatar as lacunas e condicionalismos do mesmo. Pretende-se também aferir qual a tendência futura para estes novos modelos ágeis de trabalho no período pós-pandémico.

The growing evolution of Information and Communication Technologies brings new opportunities in the most diverse domains, both at a personal and professional level. In this sense, the search for more favorable and flexible working conditions and a better balance between professional and personal life gives rise to an alternative work method, called SmartWorking. Remote working, colloquially known as teleworking, refers to full-time remote work, and this method of working is known to a large part of the world's working population because of the pandemic. In the pre-pandemic period, a weak spread of telework was observed in comparison to the growing evolution of ICT, and the reason for this paradoxical relationship was subject of study. However, the pandemic highlighted the constraints of traditional telework, particularly at the psychosocial level. In view of this, a new face of telework emerges, called SmartWorking, which consists of practices that streamline and make more flexible the exercise of the work activity, effectively giving autonomy of work to the worker. In this context, this dissertation seeks to understand how SmartWorking practices can bridge the gaps and constraints of traditional telework and realize the benefits and advantages of it. It is also intended to assess the future trend for these new agile work models in the post-pandemic period.