Cost accounting on hospitals: a case study about Setúbal's Hospital Center

Abstract

The aim of this research was to understand how cost accounting was worked by Setúbal’s Hospital Center and how its outputs were used by physicians and management in decision processes. I reviewed international literature in order to understand what was being done in other countries and a Portuguese study regarding another hospital center. These studies referred mainly to the use of cost accounting outputs by physicians and hospital managers, and the importance of their role in the process. I did not find any article that explained how cost accounting was used by hospitais. The results of this study reveal some irregularities in the hospital’s cost accounting plan (PCAH) use. Reciprocal flows are not being considered, aliocation of amortizations and personnel costs are not based on reality. Medicines that are prescribed by hospitais and supplied by hospital pharmacy are not considered in the prescriber’s cost center. They are treated as non-imputable costs and, in 2006, represented 47% of its total. Regarding the use of cost accounting outputs to the decision-making process the main idea is that cost accounting exists to report information to the Central Administration of the Health System (ACSS). This was also the general opinion of accounting professionais interviewed in the process. Cost accounting is not used by physicians in the decision process. However they are very receptive to the idea and aware that is the only way to react in time to abnormal costs.

O objectivo desta investigação foi estudar como a Contabilidade Analítica (CA) é trabalhada pelo Centro Hospitalar de Setúbal e de como os seus outputs são utilizados, pelos médicos e pela gestão, nos processos de decisão. Fiz uma revisão de literatura internacional, a fim de compreender a realidade de outros países. Revi, igualmente, um estudo sobre outro centro hospitalar português. Estes estudos referem-se ao uso da informação da CA pelos médicos e gestores hospitalares e à importância do seu papel no processo. Não encontrei nenhum artigo que focasse especificamente como é trabalhada a CA nos hospitais. Os resultados deste estudo revelam irregularidades em relação ao plano de contabilidade analítica (PCAH) dos hospitais. As prestações recíprocas não estão a ser consideradas. As alocações das amortizações e dos custos com pessoal não são reais. Os medicamentos fornecidos pela farmácia hospitalar não são considerados no centro de custo prescritor. São custos não imputáveis e, em 2006, representaram 47% desses custos. A informação da CA para processo de tomada de decisão existe para reportar a informação exigida pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). Os dados da CA não são utilizados pelos médicos no processo de decisão. Todos se mostraram receptivos à ideia e estão conscientes de que dispôr dessa informação é a única maneira de reagir, em tempo útil, a custos anormais. Com informação semestral ou anual a reacção é ineficaz